Luana Galdino

registrando minha jornada

Luana Galdino
Oi, eu sou a Luana, e aqui você encontra o meu diário virtual sobre cotidiano, reflexões, aprendizados e experiências que a vida me deu. Escrevo para dividir um pouco das coisas que amo, me inspiram e que me fazem feliz. Esse blog é um lugar de respiro para quando preciso de uma pausa ♡

Lições do livro o Poder da Paciência

O Poder da Paciência foi um dos livros mais simples que li esse ano que se tornou um dos mais transformadores da minha vida. Primeiro, porque eu sempre acreditei na paciência enquanto virtude e força pessoal. Segundo, porque ela é a base de todas as outras características que precisamos desenvolver hoje em dia, como disciplina, força de vontade, resiliência, motivação, etc. Sem a paciência nenhuma outra virtude ou potencialidade existe na nossa vida. Nenhuma.

E um conselho que dou a qualquer pessoa que estiver lendo esse post: foque em desenvolver a sua paciência. Ela é o recurso mais valioso que alguém pode construir e cultivar ao longo de sua jornada. Sem ela, dificilmente superamos desafios, alcançamos os nossos objetivos, trabalhamos a nossa aceitação, construímos bons relacionamentos, criamos novos hábitos, crescemos na nossa carreira. Tudo ira em torno dela, como se ela fosse equivalente ao que o sol é para os outros planetas e o nosso sistema. 

Eu acredito que estamos sofrendo da “doença da pressa”. Por muito tempo, eu fui “diagnosticada” com a pressa, e sabe no que ter pressa e querer tudo para ontem me ajudou? Em absolutamente nada. Na verdade, nunca fiquei mais próximo de alcançar os meus objetivos por ter pressa. Apenas me deu mais ansiedade, estresse e dificuldade de viver o processo com totalidade, plenitude e sabedoria. Como a autora diz, sem paciência, não podemos aprender as lições que a vida nos ensina e não conseguimos amadurecer. Doa a quem doer, mas pessoas impacientes são, na maioria das vezes, imaturas, parecendo aqueles bebês irritadiços e mimados. 

A paciência é a base de tudo

Quanto mais cultivamos paciência na nossa vida, mais benefícios somos capazes de adquirir a partir dela. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não perdemos algo quando somos pacientes e nem ficamos para trás; ao contrário, perdemos tudo quando deixamos a pressa do mundo nos dominar. Sem paciência, não conseguimos lidar quando as coisas não saem do jeito que queremos, e em consequência disso, mal conseguimos parar um segundo para refletir e fazer escolhas mais sábias.

Preciso admitir que todas as escolhas que fiz na pressa foram aquelas que mais me arrependi. A paciência nos ajuda a ser mais amáveis com os outros, mais confiantes nas circunstâncias de nossas vidas e mais capazes de alcançar o que queremos. Com ela, temos relacionamentos mais saudáveis, melhor qualidade no trabalho e, sobretudo, maior paz de espírito. A paciência nos dá firmeza e capacidade para caminharmos em direção a nossos objetivos e sonhos, e aumenta a probabilidade de alcançá-los. 

A impaciência é um hábito e a paciência também

A maioria das pessoas tem a mania de dizerem a si mesmas que “não são pacientes”, porém a paciência é como um músculo: ela pode ser desenvolvida. Não é sobre nascer com uma cota elevada de paciência ou não, mas é sobre nos esforçarmos para cultivá-la diariamente. Muitos de nós transformamos a impaciência em um hábito devido as inúmeras escolhas e pequenas decisões que fomos tomando ao longo da nossa vida. Mas isso não quer dizer que estamos sentenciados a uma vida de pressa e pouca paciência. Cada um de nós pode refazer a rota que tem seguido e optar por trilhar um caminho diferente.

A paciência é uma decisão, uma escolha, uma postura, um gesto perante a vida. Ela é uma opção que fazemos repetidamente frente as coisas que nos acontecem.

A impaciência vem da NÃO aceitação

“Um dos motivos da impaciência é o fato de, no nosso íntimo, acreditarmos que a vida deveria sempre ser do jeito que queremos e que há algo terrivelmente errado quando isso não ocorre. Essa crença vem de nossa experiência muito primitiva, como bebês que exigiam um atendimento imediato às suas necessidades. Aqueles que cuidavam de nós existiam para satisfazê-las prontamente, e a vida, de fato, girava em torno de nós.” (uma das reflexões da autora)

Ou seja, o mundo não gira mais em torno de você, de mim, ou de nós. Deus, o universo ou sei lá quem, não precisa atender todos os seus desejos, pedidos e anseios no seu tempo, e nem do jeito que você quer. Essa é a raiz da impaciência: não aceitarmos a vida como ela é nesse exato instante, com todos os seus erros, falhas, imprevistos e decepções. A vida é o que é no aqui e agora, e claro que ela poderá ser diferente daqui a 5 minutos, 1 dia ou 6 meses, porém nesse momento, é como é, e se não há nada que possamos fazer para mudar isso, então o que nos resta é aceitar.

Quando não aceitamos a vida como ela se apresenta para nós nesse instante, e por não suportarmos as coisas como são, a raiva é despertada. Na realidade, a raiva é consequência direta da nossa perda de paciência. Ficamos com raiva porque não queremos aceitar. A autora ainda nos aponta que quando dizemos a nós mesmos “eu não deveria ter de aceitar isso”, é, na verdade, a nossa arrogância dando as caras, porque quanto menos paciência uma pessoa tem, mais arrogante ela se mostra.

Nem tudo o que dá errado é sobre você, e nem uma tentativa bem sucedida do universo de atrapalhar ou prejudicar os seus planos, por isso, não leve nada para o lado pessoal. A vida apenas continua impassivelmente o seu próprio caminho e, quanto mais nos adaptarmos a seu ritmo, mais felizes e realizados ficaremos.

“É por isso que, quando nos sentimos impacientes, é útil lembrar que nem tudo nos diz respeito e que o que está acontecendo não é para nos agredir.”

Aprenda a se desligar

Boa parte da nossa impaciência tem como origem o fato de nunca nos desligarmos. A pressa da sociedade parece nos obrigar a estarmos sempre ligados tentando transformar cada segundo de nossas vidas em algo produtivo e útil, e no processo, esquecemos que a vida é um processo para ser vivido e não um problema a ser resolvido.

Passamos quase 24h do dia rodeados de estímulos vindo de todas as direções, e no meio desse turbilhão de coisas que vamos absorvendo e colocando para dentro, com menos clareza vamos ficando. Mais cansaços e exaustos também. E isso tem um efeito muito perigoso na nossa mente: começamos a embaralhar tudo e criamos uma sensação de inquietação mental que é a antítese da paciência.

E quanto mais ficamos imersos nesse estilo de vida que nunca desliga, nem se quer por um segundo, mais impaciência vamos cultivando sem saber. 

A espera não é um castigo

As pessoas odeiam esperar, e antigamente, para mim, esperar era angustiante e ansiogênico. Hoje eu entendo que a espera é essencial para a nossa maturidade, e ela é um convite para o nosso crescimento pessoal. Quando buscamos os nossos objetivos, damos mais valor a velocidade do que ao prazer da própria jornada. Seja humilde para reconhecer que você ainda não está pronto para receber as coisas que tanto almeja e deseja, esteja receptivo para reconhecer que é o processo que nos capacita, que é o caminhar que nos fortalece. Nossa cultura detesta atividades mais receptivas e “femininas”, como esperar uma ocasião; abrir-se à intuição; aguardar o momento certo; permitir que a verdade nos penetre e nos mova, se inspirar antes de agir.

Claro que a energia dinâmica, essa energia que nos impulsiona a colocar a mão na massa é igualmente importante, pois precisamos dela para realizar diversas coisas no dia a dia, mas, “se apenas valorizamos a energia dinâmica, entramos num estado de desequilíbrio, como indivíduos e como sociedade. Temos pouco ou nenhum apreço pelo receptivo, que é o lugar onde páramos para refletir, para julgar se a ação é ou não apropriada, para esperar pelo momento certo. Achamos que não estamos “fazendo” nada quando estamos em atitude receptiva.” (frase da autora)

“Nenhuma quantidade de energia dinâmica nos trará o que queremos. Nessas ocasiões, tudo o que podemos fazer é parar e esperar pacientemente o desenrolar do futuro. Essa capacidade de esperar com esperança, entregando-nos nas mãos de Deus ou do universo, é o que chamamos de receptividade. Nem tudo pode ser obtido através da força de vontade – às vezes, o que precisamos é de um pouco do poder da espera.” (frase da autora)

A vida exige que você espere para que as coisas finalmente aconteçam e não há nada que você possa fazer para mudar isso, mas a questão é se você quer viver essa espera com felicidade ou com tristeza. Você tem a opção de sofrer no processo ou se sentir bem enquanto espera. Isso é uma escolha.

Tudo sempre passa

Quando passamos por momentos turbulentos e estressantes da vida, por aquelas fases que nos causam sofrimento e dor, esquecemos que essas sensações e estados mentais não são permanentes. Podemos jurar que aquela emoção vai ficar morando dentro de nós para sempre, que aquele problema vai durar uma eternidade e que teremos que enfrentar esse desafio até o último dia de nossas vidas, mas tudo sempre passa. 

Para isso, temos o conceito budista de impermanência, que diz respeito ao fato de que tudo muda, e que nada permanecerá igual para sempre. Quando vivenciamos a impaciência, tendemos a engessar a realidade atual: é assim e assim vai continuar para sempre. Quando estamos atravessando uma situação desconfortável, corremos o risco de reduzir o mundo àquele momento e nos desesperarmos com a possibilidade de aquilo jamais acabar.

Esse livro, apesar de simples, é transformador e se torna um balde de água fria em nossa pressa incessante; ele nos ensina lições práticas para entender a raiz da impaciência e como contorná-la. Cada página te dá um insight diferente e te mostra que não vale a pena abraçar a nossa falta de impaciência, porque não é ela a responsável por nos transportar para mais perto dos nossos sonhos & objetivos, e sim o caminhar leve, contemplativo e paciente durante nossa jornada.

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