Luana Galdino

registrando minha jornada

Luana Galdino
Oi, eu sou a Luana, e aqui você encontra o meu diário virtual sobre cotidiano, reflexões, aprendizados e experiências que a vida me deu. Escrevo para dividir um pouco das coisas que amo, me inspiram e que me fazem feliz. Esse blog é um lugar de respiro para quando preciso de uma pausa ♡

Como a Psicologia Positiva define o que é felicidade?

No senso comum, aprendemos um punhado de coisas ao longo do nosso desenvolvimento sobre o que significa felicidade e o que quer dizer “ser feliz”. Muitos de nós aprendemos a ver a felicidade como algo que está no futuro e que depende de algo externo finalmente acontecer para sermos, depois de muito esforço, felizes. Atribuímos a acontecimentos externos esse poder e controle sobre nosso bem-estar e felicidade, por exemplo, talvez você acredite que será feliz apenas no dia em que tiver filhos, ou que ganhar aquela promoção no trabalho, ou ter finalmente o seu diploma em mãos, ou se casar com um homem meigo e atencioso, ou estiver ganhando um bom salário. Nesses exemplos, a felicidade está sempre no futuro.


Hoje em dia, existe a crença de que felicidade é simplesmente estar bem, não no sentido amplo e geral da nossa vida, mas muitas pessoas enxergam a felicidade como estar vivenciando coisas agradáveis, sentimentos positivos e emoções confortáveis o tempo todo, e quando vivem um dia ruim, um dia improdutivo, uma semana péssima, um acontecimento que desperta emoções desagradáveis, algo externo que leva a sentimentos negativos, é como se fosse o fim do mundo, e logo buscam prazeres imediatos, como doces, alimentos industrializados, pornografia, Netflix, séries, redes sociais, jogos, ou qualquer coisa externa, para tentarem esconder, camuflar e fugir desse desconforto momentâneo. Ser feliz não é apenas a presença de emoções positivas.

E, na verdade, felicidade não é algo que você precisa esperar um evento externo acontecer para você finalmente ser feliz em algum futuro distante. No post de hoje, você vai entender como a ciência e a psicologia positiva vê a felicidade, e talvez a partir de hoje, você desconstrua diversas crenças, mitos & distorções que tem carregado sobre esse assunto. Se você quiser se aprofundar ainda mais nisso, deixo como sugestão o meu vídeo do YouTube onde eu explico de maneira aprofundada, o que realmente significa ser feliz.


Dentro da psicologia positiva e da ciência no geral, também nos referimos a felicidade como bem-estar hedônico ou bem-estar subjetivo.

O bem-estar subjetivo é definido a partir de dois pilares essenciais: o pilar cognitivo e o pilar emocional. O primeiro pilar, ou seja, o cognitivo, se refere a nossa satisfação geral com a vida e como avaliamos o quão bem estamos nas áreas da nossa vida, por exemplo, saúde, trabalho, relacionamentos, finanças, hábitos, etc., É a visão que temos do quanto estamos crescendo, se desenvolvendo, dentro desses aspectos e o quanto eles estão fluindo na nossa jornada. E o pilar emocional é entendido como a frequência no qual vivenciamos emoções & afetos positivas, como alegria, inspiração, calma, gratidão, em paralelo às emoções e afetos negativos, como medo, raiva, ansiedade, frustração, em um período da nossa vida.

Aqui já começamos a entender que o nosso grau de satisfação com a vida é ligeiramente subjetivo. Pode ser que duas pessoas vivam em uma mesma condição, com diversos aspectos em comum, e cada uma tenha uma visão diferente do quão satisfeita está com as áreas de sua vida, tendo interferência de crenças, interpretações, distorções cognitivas e experiências vivenciadas. É muito comum vermos pessoas com excelentes condições de vida, com carreiras estáveis, ganhando um bom salário, em ótimos relacionamentos, e mesmo assim, demonstram um grau de insatisfação um pouco maior.

Pessoas com altos níveis de bem-estar subjetivo, demostram estarem satisfeitas com a maneira como a sua vida está fluindo, experimentam mais emoções positivas do que negativas, variando a frequência entre uma e outra.

Existem 3 maneiras de interpretar quando uma pessoa fala que está feliz. Essa pessoa pode “estar feliz no momento”, indicando que ela está vivenciando uma emoção positiva em decorrência de algum evento, acontecimento ou gatilho do ambiente, que vemos como felicidade. Essa pessoa também pode estar se referindo a “estar feliz com a vida”, ou seja, ela pode estar indicando que a sua vida está indo bem, está fluindo, está se desenvolvimento, e essa representação da felicidade é a mais explorada pela ciência. E outra interpretação possível de fazer é de que essa pessoa é feliz como um traço de personalidade que sugere que ela é mais alegre, otimista ou extrovertida que a maioria.

Uma pessoa pode estar triste, ansiosa, preocupada ou desanimada, e mesmo assim, apresentar um nível de bem-estar/felicidade elevado, pois estar feliz não se trata apenas da ausência de emoções negativas, mas é principalmente como estamos construindo e direcionando a nossa vida no geral.

A sociedade de hoje está obcecada em ser feliz. Claro, olhamos para o lado, e todo mundo, literalmente, demostra estar feliz com a sua vida. Dificilmente você verá alguém chorando, afirmando que está triste, desmotivada ou infeliz com alguma coisa. Todos estão constantemente mostrando as partes felizes e alegres de sua rotina, então quando olhamos para dentro de nós, e encontramos emoções negativas, desagradáveis e desafiadoras, decorrentes de um dia difícil, de um momento improdutivo, de uma conversa desafiadora, de um gatilho específico, é como se tivesse algo de errado conosco, e achamos que tem algo estranho em nós, e então, o que fazemos? Escondemos essas sensações mais amargas bem no fundinho da gaveta. Mas nunca paramos para pensar que outras pessoas podem estar fazendo o mesmo.

Esquecemos que aquilo que vemos é apenas um recorte, um trecho, aquele 1% da vida de outra pessoa. Mas a sensação de que devemos lutar para estarmos felizes sempre, continua. Carregamos essa cobrança de estarmos bem e sentindo coisas agradáveis o tempo todo, que ao sinal de qualquer emoção negativa, é como se o nosso mundo caísse por terra. A felicidade não é um estado emocional permanente, mas insistimos para que seja. Queremos agarrar a felicidade e nunca mais saltá-la, porque acreditamos que assim encontraremos uma maneira de estarmos felizes 100% do tempo, bem longe das emoções que geram desconforto e trazem as sensações ruins.

A felicidade como emoção é passageira, assim como todas as emoções são transitórias. Muitas pessoas não conseguem entender isso e acabam dizendo para si mesmas “eu sou ansiosa, eu sou estressada, eu sou triste, eu sou impaciente”. E, na verdade, você não é ansiosa, você está ansiosa, você não é estressada, você está estressada. Você não é triste, você está triste. Existe uma grande diferença entre SER x ESTAR quando falamos de emoções. Quando nos identificamos demais com uma emoção e fundimos a nossa identidade a ela, esquecemos que nenhuma emoção tem o poder de nos definir e de nos rotular para sempre. A felicidade, como afeto positivo, é transitória, passageira e mutável, assim como todas as outras emoções também são.

Agora quando falamos de felicidade de uma maneira ampla, e a definimos como um bem-estar geral com a nossa vida, é diferente. Por isso, esse bem-estar integral está presente quando desenvolvemos nossa autonomia, nossas potencialidades, usando nossos talentos, tomando decisões com base em nossa essência e valores, o quanto estamos desprendendo tempo para ações intencionais, o quanto temos objetivos valiosos, quais coisas importantes cultivamos, quanto investimos no nosso florescimento e crescimento pessoal, em nos autoconhecermos e expandir ainda mais nossa consciência, tudo isso no momento presente. Isso é a felicidade genuína, e para ela existir, precisamos ser intencionais e colocar comprometimento e dedicação para que seja possível.

Comentários

Formulário de contato

Ouça meu podcast 🎙️

Mande sua mensagem