Luana Galdino

registrando minha jornada

Luana Galdino
Oi, eu sou a Luana, e aqui você encontra o meu diário virtual sobre cotidiano, reflexões, aprendizados e experiências que a vida me deu. Escrevo para dividir um pouco das coisas que amo, me inspiram e que me fazem feliz. Esse blog é um lugar de respiro para quando preciso de uma pausa ♡

5 maneiras de lidar melhor com os seus pensamentos

Seus pensamentos não são fatos e verdades absolutas. Ninguém nunca nos ensinou a enxergar os pensamentos por aquilo que eles são: pensamentos. Eles não têm o poder de determinar, definir ou rotular nossa vida, ou quem nós somos, porém, muitas vezes, é a atenção que damos aos nossos pensamentos automáticos que está controlando nossas ações, atitudes & escolhas no dia a dia sem percebermos. 

Um antigo filosofo estoico já dizia há muito tempo que não são as situações que nos afetam, mas a maneira como as interpretamos. Os nossos pensamentos são isso: tentativas da nossa mente de tentar dar algum significado as experiências que vivemos, é apenas uma tentativa de interpretar esses acontecimentos diários. Quando não temos esse entendimento, acreditamos fielmente nessa interpretação que nossa mente automática está fazendo das situações que vivemos, e abrimos espaço para sermos controlados por ela.

Quase todas às vezes, essa primeira interpretação que nossa mente faz é irreal e incoerente, ou seja, não é baseada em fatos e evidências concretas, e ao acreditamos nessa interpretação sem ao menos questioná-las, aumentamos o nosso sofrimento e limitamos nossas ações e comportamentos no dia a dia.

As situações não são boas ou ruins em si, pois elas são apenas situações & acontecimentos, são os nossos pensamentos que dão o tom e a cor a elas. É a nossa mente que está o tempo todo dando um rótulo de bom, ruim, agradável, desconfortável, negativo, positivo, etc.; muitas vezes até mesmo antes de vivenciá-las, nossa mente já nos faz o favor de prever como será uma experiência.

Cada interpretação que nossa mente faz, gera emoções, sensações e sentimentos específicos. O caos que dizemos vivenciar na nossa vida está acontecendo, na verdade, dentro da nossa própria mente. Como nunca criamos distanciamento dos nossos pensamentos, acreditamos que somos nós que criamos essas interpretações da realidade, porém é apenas um dos milhares de processos cognitivos do nosso cérebro. 

Ou seja, os pensamentos que você tem sobre si mesma, sua capacidade, seus problemas, sobre sua aparência, suas habilidades, não são produções suas, e sim algo que vem da sua mente automática. A sua mente automática está o tempo todo criando o que chamamos de pensamentos automáticos. Quanto mais você acredita em um pensamento automático, mais ele se fortalece, mais ele vai criando raízes dentro na sua mente e se tomando o centro da sua vida. Talvez a maioria de nós tenha passado a vida inteira acreditando em pensamentos irreais sobre nós mesmas, e o que fazer quando nossos pensamentos têm nos conduzindo e controlado?

Desenvolver a nossa flexibilidade psicológica. Mas o que é isso? É uma habilidade cognitiva que te ajuda a se “desfundir” dos seus pensamentos e começar a observá-los por uma distância maior sem se identificar com eles, parando de enxergá-los como verdades absolutas de como as coisas são. Ser flexível psicologicamente envolve ver os pensamentos como aquilo que eles realmente são: pensamentos e escolher olhar para os que realmente são úteis.

Quando não temos flexibilidade psicológica, tratamos a vida como se fosse um problema a ser resolvido, e não um processo a ser vivido. Passamos a enxergar cada vez mais problemas em situações simples, vivemos os nossos dias pisando em um milhão de preocupações e desprendemos muito tempo em ruminações sobre o futuro ou o passado. Nossa maneira de ver a vida fica totalmente limitada com base no que os nossos pensamentos ditam ou determinam. O quanto da vida deixamos de desfrutar ou aproveitar?

1. Se pergunte: o que está passando pela minha mente? 

A partir de hoje, tente prestar mais atenção aos seus pensamentos, principalmente diante de situações que geram emoções desconfortáveis ou desagradáveis. Qual foi ou foram os primeiros pensamentos que passaram pela sua cabeça? Seja ao receber um feedback negativo, ao cometer um erro, ao ouvir uma crítica sobre o seu projeto, ao receber uma nota ruim em uma prova, ao fazer uma entrevista de emprego, etc.

O que a sua mente está pensando ou dizendo para você? Seja em forma de verdade, palavra, imagem, visualização, afirmação, etc. Qual interpretação a sua mente está fazendo dessa situação? Para realizar esse passo, é muito importante trabalharmos a nossa capacidade de auto-observação. Quando tentamos estar mais atentos aos nossos pensamentos, criamos um pequeno espaço de tempo que já vai nos permitir não reagir com a mesma reatividade. 

2. Crie distanciamento desse pensamento 

Ao perceber as coisas que a sua mente está ditando ou afirmando por meio dos pensamentos, comece a observá-los sabendo que são apenas pensamentos, que são tentativas da sua mente de interpretar o que você está vivendo e que nem sempre essa interpretação é verdadeira e única; e que nem sempre acreditar nessa interpretação vai te ajudar a resolver a situação em si, ou trazer algum benefício prático para a sua vida. 

3. Questione os seus pensamentos 

Ao invés de acreditar fielmente no conteúdo dos seus pensamentos, comece a fazer o processo contrário: questione. Quais fatos e evidências você tem de que esse pensamento é verdadeiro? É lógico acreditar em algo que não tem base e nem fundamento para ser considerado real? O que fazemos com uma informação que não tem evidências concretas e fatos que comprovem que é verdadeira? Com certeza não abraçamos e descartamos essa informação, principalmente se for algo que não vai nos agregar.

Nem todos os nossos pensamentos são realmente úteis, construtivos e vão nos servir, mas não aprendemos a descartar os inúteis e disfuncionais, e sim, você pode & deve escolher os pensamentos que servem para o seu processo de desenvolvimento e ignorar aqueles que geram mais sofrimento e desgaste sobre os seus processos.

4. Encontre uma interpretação melhor 

Os fatos e situações que nos acontecem são neutros. Como eu falei, é a nossa mente automática que está o tempo todo julgando, rotulando e dando um tom as experiências que vivemos, por isso, um dos próximos passos do cultivo da flexibilidade psicológica é usar a nossa mente observadora e consciente para buscar outras interpretações para as situações do dia a dia, já que as situações são neutras, podemos olhar para elas de diferentes maneiras, por diferentes ângulos e perspectivas novas. Há sempre outra maneira de reinterpretar. Há sempre uma interpretação melhor, porém precisamos estar dispostos a olhar de uma maneira diferente e usando novas lentes.

Usando a sua mente observadora & consciente, você pode descobrir como pensar de outro jeito. 

5. Desapegue das velhas maneiras de pensar 

Muitas vezes, o que dificulta a gente de cultivar mais flexibilidade psicológica e sair da nossa rigidez mental é o apego aos nossos padrões de pensamento. A partir do momento em que entendemos que nossos pensamentos são apenas pensamentos, que não são verdades absolutas e fatos concretos, mas apenas interpretações, partimos do pressuposto de que precisamos admitir que as coisas que passamos a vida inteira acreditando são falsas, que estivemos errados por muito tempo da nossa jornada. E assumir isso, doí e machuca, pois precisamos admitir que estávamos errados em nossos julgamentos.

Diante dos fatos da vida, muitas vezes, vamos bater o pé e cruzar os braços jurando que a nossa maneira de pensar é a certa e correta: “mas eu tenho certeza que ninguém me ama, mas eu sei que sou incompetente, mas eu sei que não sou capaz, eu sei que não vou conseguir”. Vamos estar lá, batendo os pés e jurando que aquilo que estamos pensando sobre nós mesmos é verdade e que esse post aqui é pura baboseira e delírio de uma psicóloga apaixonada por bem-estar & psicologia positiva. 

Por isso, se tornar flexível psicologicamente envolve essa disposição em desapegar e assumir que erramos. Envolve desapegar de crenças, pensamentos, verdades irreais que carregamos por bastante tempo; mesmo que essa mala esteja pesando e fazendo a caminhada ser mais difícil, não sabemos como será caminhar sem carregar esse peso; quem somos nós sem esse excesso de pensamentos distorcidos & irreais. Mas te digo que vale a pena soltar & desapegar dos velhos padrões de pensamentos.

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