Luana Galdino

registrando minha jornada

Luana Galdino
Oi, eu sou a Luana, e aqui você encontra o meu diário virtual sobre cotidiano, reflexões, aprendizados e experiências que a vida me deu. Escrevo para dividir um pouco das coisas que amo, me inspiram e que me fazem feliz. Esse blog é um lugar de respiro para quando preciso de uma pausa ♡

A vida sem exposição e redes sociais

Olá queridas leitoras & leitores, faz um tempinho que não apareço por aqui, né? 

Tenho sentido uma falta enorme de escrever por aqui, mas a vida tem acontecido tão rápido, com tantas mudanças e adaptações acontecendo depois do divórcio, após sair da casa em que morava, de recomeçar novos planos e ter a certeza de abandonar e deixar para trás algumas coisas que já não fazem mais sentido, repensar objetivos profissionais e o futuro no geral. 

A vida me pediu essa pausa, eu dei, e agora meu objetivo é retornar a frequência das postagens aqui no blog e retornar futuramente o envio de e-mails semanais na newsletter A Vida em Florescimento; porém tenho em mente que agora os conteúdos por aqui não serão mais assinados como a Luana psicóloga, mas como a Luana ser humano que habita em mim, e que isso significa que os textos, as partilhas e tudo o que dividir virá de um espaço mais íntimo, sincero & genuíno.

Uma das grandes mudanças que aconteceram no último mês na minha vida e rotina foi excluir definitivamente as minhas redes sociais. Eu sempre tive momentos de pausas em que desativei temporariamente o Instagram/Facebook, etc., na tentativa de fazer um detox digital e ficar alguns dias off, mas depois retornava ao uso de maneira habitual, porém, dessa vez não. Dessa vez, eu escolhi EXCLUIR por completo as minhas redes sociais e venho contar como tem sido essa experiência de viver sem elas.

No começo, é estranho, esquisito e solitário. Querendo ou não, as redes sociais fazem parte da vida de qualquer adulto no século em que vivemos; todas as pessoas possuem uma conta, seja no Instagram ou Facebook, é quase como se fosse uma segunda identidade que criamos para nós, por isso nas primeiras semanas me senti um peixe fora d’água, como se algo estivesse faltando, como se algo precisasse ser preenchido.

Senti, pela primeira vez, estar perdendo alguma coisa importante, uma informação, um conhecimento, um dado, um acontecimento, uma notícia, principalmente de canais, contas e influencers que já acompanhava antes, e eu me perguntava: “e se fulano compartilhar algo muito importante e eu perder, e se eu não tiver acesso a isso?” Bom, de qualquer forma, não vai fazer diferença alguma, porque eu não terei acesso a isso mesmo.

Depois das primeiras semanas, eu comecei a nem perceber, notar ou sentir que estava sem redes sociais; aquela coisa que antes era hábito foi se desfazendo, embora eu nunca tivesse sido viciada em Instagram e nem tivesse a necessidade de rolar o feed por longas horas do dia, ainda tinha aquela mania de já levar o dedo para o ícone no Instagram na tela inicial do celular em momentos aleatórios do dia, como que para preencher o tédio.

Desde o começo da pandemia, eu vinha trabalhando com as redes sociais, ou pelo menos tentando; passei longos anos criando conteúdo para o Instagram de forma constante, compartilhando trechos da minha vida nos stories, usando o espaço digital para vender meus infoprodutos & captar pacientes de psicoterapia, com a ideia de empreender digitalmente; hoje, isso não faz o menor sentido, e olhando para trás, percebo que mais me causava ansiedade e angústia. Hoje, empreender com o digital e com a psicologia, é algo que não vai de encontro - pelo menos não mais - com o meu propósito de vida.

E viver essa experiência de não compartilhar NADA da minha vida nas redes sociais, não pegar o celular com a intenção de tirar uma foto e dividir com as pessoas que me seguem, não criar posts, editar artes, escrever legendas, ou gravar vídeos, é libertadora. Viver no anonimato é mágico. Viver 100% no off é transformador. Tenho a sensação de que tirou o peso de uma obrigação sobre os meus ombros. Hoje tenho a certeza de que tenho vivido apenas para mim e Deus, e não para mostrar, compartilhar, expor & gritar aos cantos do mundo o que tem acontecido na minha vida.

E claro, que isso me deu tempo, um tempo que antes eu não me dava conta de como era precioso e que estava sendo “desperdiçado” de uma maneira quase imperceptível. Hoje tenho mais tempo para viver para mim, focar nos meus objetivos profissionais e de estudo, tenho mais espaço para as coisas que são importantes na minha jornada, mais entrega na hora de viver as minhas experiências, sem ter algo interferindo o tempo todo nas minhas vivências. 

Claro que continuo com o blog, porque aqui é muito mais do que as redes sociais, é óbvio; aqui realmente é um espaço de partilhar e dividir de maneira profunda o que vivo, penso & sinto, porém, sem limitações, restrições, medos e inseguranças. Sei que o tudo o que trago para esse espaço tem o poder de ajudar & servir outras pessoas, e consigo fazer no meu tempo, no meu ritmo, do meu jeito, sem uma rede ditando como dever ser feito.

Hoje não sinto vontade de compartilhar e expor a minha vida, nem coisas que dizem respeito apenas a mim e as minhas vivências. Hoje apenas tenho vontade de viver 100% para mim, vivendo no comum, no simples & no meu próprio espaço off-line. 

Minha mente tem se sentido e estado mais leve depois de EXCLUIR o Instagram/Facebook, apesar de no começo ter sido difícil desapegar de tudo o que estava lá, em questão de fotos, registros, histórias, escritos & imagens, mas sinceramente, nada daquilo realmente me servia para alguma coisa; percebi que era apenas apego, e que aquilo de nada era ou poderia chegar a ser útil na minha vida.

Claro que continuo fazendo alguns consumos de conteúdo esporádicos no YouTube, mas tem sido de maneira intencional & ativa; eu já entro sabendo exatamente o que quero assistir, qual tipo de conteúdo quero ver naquele momento. Para mim, o YouTube é mais uma rede de pesquisa/estudo do que uma simples rede social. 

Acho que a melhor parte de viver sem redes sociais é que não existe mais comparação. Eu nunca fui muito de me comparar, pelo menos era o que eu achava, até excluir o Instagram e perceber que a comparação com outras pessoas, realidades & experiências era inconsciente e imperceptível. A comparação sempre esteve presente, seja na forma de ansiedade, angústias inesperadas que sentia, de insegurança em relação ao futuro, nas dúvidas sobre a minha própria capacidade e habilidades. E hoje, ISSO não EXISTE MAIS.

Também tenho a sensação de que consigo pensar por mim mesma sem estar o tempo todo sendo bombardeada de estímulos, opiniões, achismos & discórdias. Hoje, na hora de tomar uma decisão, de criar um plano, de planejar um objetivo, de escolher entre duas coisas, não me vem na cabeça outras pessoas, referências, o que vi e ouvi dos outros, vem apenas a minha intuição. Então estar sem redes sociais me fez ter mais clareza sobre tudo ao redor, ao invés de sentir aquela sobrecarga mental pelo excesso de informação.

Se você nunca viveu momentos da sua vida sem as redes sociais de fundo, não precisa excluir definitivamente às suas redes, porém se permita um detox, uma pausa da internet, seja de um dia, uma semana, 15 dias ou um mês e vivencie como você vai se sentir. No começo, vai ser desafiador & esquisito, como foi para mim, em todas às vezes que fiz isso, mas depois é recompensador. Depois, a clareza vem, a calma vem e o equilíbrio também.

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