Quer saber o segredo para um relacionamento dar certo hoje em dia?
Fácil, não precisa nem pensar muito. Primeiro, seja completamente escroto. Gentileza é coisa de filme da Disney, e você não é príncipe encantado, né? Quanto mais grosso, melhor. Em seguida, marque presença em todas as festas possíveis, porque nada mostra comprometimento como sumir todo fim de semana para beber até esquecer quem é você.
E claro, usar drogas é fundamental, porque todo relacionamento saudável precisa daquele toque de “quem vai lidar com a ressaca hoje?”
Seja também uma pessoa insensível: quando a outra quiser desabafar, fale “relaxa, é drama” e volte a rolar o feed do Instagram. Nunca, em hipótese alguma, escute de verdade. O ouvido é só um acessório, use para segurar o fone.
Demonstre zero esforço.
Aliás, dê prioridade para seus “contatinhos”, afinal, por que se contentar com uma pessoa se você pode manter várias conversas ao mesmo tempo?
E os joguinhos emocionais? Indispensáveis. Suma por uns dias, visualize as mensagens e não responda, apareça quando der vontade. Nada deixa a relação mais estável do que criar insegurança, não é mesmo? Se puder, faça comparações também: “Nossa, fulano faz isso muito melhor” é ótimo para fortalecer a autoestima do outro.
Ah, e claro: não se importe. Nada de apoio, nada de carinho, nada de compromisso. Se a pessoa sumir, ótimo, você tem mais tempo para cuidar de quem realmente importa: você e seu ego inflado.
Quer saber o que faz um relacionamento dar certo hoje em dia? A resposta é simples: absolutamente nada que envolva esforço real.
Não perca tempo sendo gentil, escutando, estando presente ou dando 200% de si para o outro. As pessoas não gostam disso. Isso é perda de tempo. Hoje em dia, o segredo é outro: seja escroto, bem escroto. Quanto mais grosso e indiferente, mais interessante você parece. Carinho? Que bobagem. Demonstração de afeto? Coisa de gente carente.
Trate ela mal de todas as formas possíveis. Para que fazer as coisas pela pessoa? Deixa ela se virar sozinha e taca o foda-se. É cada um por si, afinal, para que ter parceria?
Sabe outra coisa fundamental? Não tenha nenhuma responsabilidade afetiva. Jogue com as emoções do outro como se fosse um videogame. Quem precisa de transparência quando se pode criar expectativas só para destruí-las depois? A graça está em deixar a pessoa confusa, se perguntando se você gosta dela ou se só está ali para passar o tempo.
Nada fortalece uma relação como o clássico “sumir bêbado e reaparecer na segunda-feira como se nada tivesse acontecido”. Se puder, adicione algumas drogas à mistura, porque um toque de caos nunca é demais. Enquanto isso, ignore todas as mensagens. Comunicação? Isso ficou preso em 1999 junto com os telefones fixos.
Quando a pessoa tentar conversar sobre sentimentos, faça cara de tédio, revire os olhos e diga: “Nossa, que drama”. Volte a rolar o Instagram, porque a vida virtual é bem mais interessante do que lidar com alguém real que espera, veja só, empatia. Ah, e se ela esperar reciprocidade, dê risada. Explique que você é “livre”, que “não gosta de rótulos”, mas, claro, mantenha a pessoa presa emocionalmente. Isso dá um sabor especial ao jogo.
Não se esqueça dos clássicos: não faça nada por ela, mas exija tudo. Nunca elogie, mas critique sempre que puder. Compare com outras pessoas, crie insegurança e sempre mantenha a ideia de que ela não é suficiente. E, para coroar essa obra-prima, se alguém te perguntar se você se importa, diga com orgulho: “Olha, eu sou assim mesmo. Se quiser, aceita”.
Pronto! Seguindo esse manual, você vai ter o relacionamento perfeito: raso, tóxico, cheio de joguinhos e sem nenhum tipo de vínculo real. Porque, sejamos sinceros, quem é que ainda acredita que respeito, parceria e amor dão certo? Hoje em dia, parece que o certo mesmo é não se importar.
Não tenha hábitos saudáveis. Cuide bem do seu vício em drama e das suas crises existenciais. Nada une mais um casal do que ressaca, falta de autocontrole e noites sem dormir. Academia? Terapia? Comer bem? Para quê? Prefira fast food, energético e aquele combo maravilhoso de álcool + irresponsabilidade.
Tenha um milhão de contatinhos. Porque exclusividade é careta, né? Quanto mais opções, mais interessante você parece. Só não esqueça de manter todos na coleira, porque vai que você precisa de um “plano B” (ou C, ou D).
Traia, física ou emocionalmente, tanto faz. Afinal, quem nunca quis dar aquela “experimentadinha” só para ver se ainda está no jogo? Depois, quando for pego, use as desculpas clássicas: “A gente nem tinha nada sério” ou “Você é muito ciumento”.
Converse com o seu ex, de preferência escondido. Nada diz “relacionamento saudável” como reviver um passado tóxico enquanto finge estar 100% comprometido. Se alguém descobrir, diga que foi só “amizade”, porque ninguém questiona isso, né?
Frequente lugares duvidosos e poste tudo nos stories. Baladas estranhas, rolês que terminam na delegacia, festas que ninguém lembra como acabou. Se a pessoa reclamar, diga que ela está tentando controlar sua vida. Afinal, liberdade acima de tudo!
Faça joguinhos emocionais sem parar. Curta fotos de outras pessoas, mande “bom dia” para 15 ao mesmo tempo, desapareça por 3 dias e volte com um “oi sumida” como se nada tivesse acontecido. Se a pessoa questionar, jogue a culpa nela: “Nossa, você é muito intensa”.
E não esqueça: não escute, não se importe e nunca, jamais, demonstre esforço. Se ela falar de sentimentos, diga que é drama. Se pedir atenção, diga que está “na sua fase” e que precisa de espaço, mas não abra mão do controle sobre ela, claro.
Não tenha valores. Não tenha princípios.
Seguindo essas dicas infalíveis, você vai ter o relacionamento perfeito para os padrões atuais: tóxico, raso, cheio de traições e inseguranças. Porque quem ainda acredita que respeito, reciprocidade e carinho funcionam? Hoje em dia, se você não é um red flag ambulante, você nem é interessante.
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