Luana Galdino

registrando minha jornada

Luana Galdino
Oi, eu sou a Luana, e aqui você encontra o meu diário virtual sobre cotidiano, reflexões, aprendizados e experiências que a vida me deu. Escrevo para dividir um pouco das coisas que amo, me inspiram e que me fazem feliz. Esse blog é um lugar de respiro para quando preciso de uma pausa ♡

Como foi a minha primeira trilha na Pedra Grande em Atibaia

Eu e o Paulo já tínhamos há muitos anos o desejo de subir a Pedra Grande em Atibaia, porém nunca nos demos uma oportunidade real de concretizar essa meta, porém no mês de dezembro decidimos que iriamos subir, em pleno Natal. Era a nossa meta para 2024, porém não deixamos o perfeccionismo nos obrigar a esperar o dia 1º de janeiro para concretizá-la ou qualquer outro momento.


A experiência de subir uma montanha com uma vista tão maravilhosa foi inesquecível, e me marcou profundamente como nenhuma outra atividade tinha feito, um dos motivos foi que, pela primeira vez, percebi o quanto meu condicionamento físico está em dia e também o quanto a minha hidratação está em excelente estado. Foi um grande desafio que superamos juntos, em parceria & em nenhum momento pensamos em desistir ou pensamos que aquilo que estávamos fazendo não era para nós.

A Pedra Grande tem aproximadamente 1.410 metros de altitude; para subir até o topo, o trajeto pode ser feito em 2h, sendo o tempo que demoramos para chegar lá em cima. O trajeto é bem íngreme, complicado e desafiador. Alguns trechos são extremamente tranquilos, só precisando caminhar e prestar atenção na vegetação ao redor, mas tirando esses momentos em que era possível apenas curtir o silêncio, havia alguns trajetos cansativos & exaustivos, por terem subidas íngremes e sem lugar fixo para apoiar o pé certinho. Mas é sempre possível dar um jeitinho & ir para a próxima etapa.

Estar bem longe da civilização, em um local nunca visitado ou explorado antes, com certeza liberou uma quantidade absurda de cortisol no meu cérebro, porque o medo que senti de estar fazendo isso foi perceptível, porém com o tempo, fui me habituando e blindando a minha mentalidade. Ter pensamentos positivos me ajudou a manter o foco em cada passo ao invés de querer chegar rápido apenas para concluir a meta rapidamente e me livrar logo. Paciência foi uma das palavras mais importantes naquele momento. Viver o processo foi fundamental.

Superação foi a segunda. Eu sou uma pessoa bem ativa no meu dia a dia, afinal estou na flor da idade com meus 25 anos e também cuido muito bem do meu corpo, me preocupo em manter uma alimentação saudável & presto bastante atenção no meu sono, que são 3 aspectos essenciais para uma vida leve & produtiva, porém subir a Pedra Grande me tirou totalmente da minha zona de conforto, embora eu já estivesse me preparando para isso antes. Sem preparação física prévia, a trilha vai ser muito mais desgastante. 

Apesar do cansaço, da exaustão, do suor escorrendo pelo corpo, das plantinhas raspando a perna a cada passo que eu dava, não pensei em desistir. Fiz algumas pausas para descansar, mas durante o trajeto todo, meu fôlego estava equilibrado, e desistir não era uma opção para nós. Continuei apesar do calor infernal sobre a nossa cabeça. Não foi um passeio de fim de tarde ou um hobby, foi um desafio pessoal, foi superar os meus limites & me desafiar.

A Luana que eu era há uns anos jamais toparia.


Nos trechos mais tranquilos, dava para sentir o silêncio ecoando por mim, trazendo aquela paz e tranquilidade tão difícil de encontrar no dia a dia em uma cidade grande. Os pássaros cantarolando, o vento mexendo as árvores acima de nós, as paisagens que se abriam bem diante dos nossos olhos, absolutamente nada é capaz de comprar a sensação. Uma das coisas mais recompensadoras da vida é cuidar do seu corpo a ponto dele te proporcionar experiências como essa. Me senti mais grata por ter uma vida saudável, por mais difícil, fácil & tentador seja uma vida regrada a industrializados e fast-food.

Nada vale tanto quanto um corpo saudável.

Subimos a trilha chamada Minha Deusa, que é um percurso mais “fácil” comparada com a outra. Durante o trajeto, existem algumas poucas placas sinalizando a direção, porém se perder é muito difícil mesmo, basta usar a lógica e ser uma pessoa bem observadora para perceber o caminho que deve ser seguido. De tanto as pessoas subirem lá, a trilha é bem demarcada e visível, apesar de passarmos por vários trechos com arbustos e troncos bem grandes que precisávamos nos desviar ou tentar "encontrar".

Eu e o Paulo temos uma coisa muito forte e significativa a respeito do “não reclamar”. Isso é quase uma meta pessoal nossa. Só Deus sabe o quanto eu odeio & detesto reclamação com todas as minhas forças, e afinal, ninguém suporta alguém despejando uma infinidade de palavras negativas o tempo todo. Durante a trilha, tínhamos todos os motivos do mundo para reclamar, era um ambiente um pouco inóspito, estávamos suando sob o calor de 32 graus, o cansaço batendo forte a cada bloco de 30 minutos, mas em nenhum instante fizemos isso, apenas agradecemos por ter a oportunidade & condição de fazer isso.


Você sente a vida falando com você a cada som presente no ambiente, a cada lufada de vento no seu rosto & a cada vista que contempla. Você se sente vivo.

Um gel de carboidrato que levamos nos salvou, principalmente na volta. Nos deu um pouco mais de energia, instantaneamente. Paramos por mais de 1h quando chegamos ao topo para conversarmos e renovarmos a energia do nosso casamento, e na descida, que foi brutalmente cansativa, foi o momento que mais exigiu esforço. Porque além de força física, era necessária muita atenção & equilíbrio para não escorregar, embora eu tenha caído uma vez, porém não cheguei a me machucar nessa “queda”.


Agora eu penso que, se eu consegui fazer isso, caminhar por quase 4 horas, ficar em um lugar por quase 6 horas, passar por entre um matagal intimidante, será que eu não consigo mesmo aprender um conteúdo difícil? Ou acordar um pouco mais cedo? Ou encontrar motivação para gravar um vídeo? Ou superar um imprevisto? Ou lidar quando a bagunça da casa estiver me estressando? Será mesmo? É isso que vou começar a pensar todos os dias, porque é verdade.

Superação é superação. Não importa se é subir uma montanha até o topo, ou sair da cama em meio a um processo depressivo, ou sair para caminhar 15min para vencer o sedentarismo, ou ir para academia 4x por semana, ou preparar uma comida totalmente nova para seus amigos. Para algumas pessoas, o que fiz não foi nada, no sentido de que é “fichinha”, sabe? É algo que ela “tira de letra”, mas para mim, foi algo que me tirou da minha zona de conforto. Talvez o seu sair da zona de conforto seja diferente, mas vai valer a pena quando você sentir a realização & o orgulho de si mesma por ter se permitido tentar.

Comentários

Formulário de contato

Ouça meu podcast 🎙️

Mande sua mensagem